Há alguns meses atrás estive presente em uma reunião tensa aqui mesmo no Rio de Janeiro. Havia diversas pessoas com diferentes objetivos, homens com suas esposas e certa águia. Estava em pauta uma nova tendência dos rumos da empresa, cujo ramo atual é o de preparatórios para concursos públicos. Em questão havia certo desenvolvedor de ensino a distância e o mercado corporativo.
O fato é que meu cargo nesta empresa, engenheiro de T.I., é cobiçado. Eu estava diante de um profissional 5 ou 10 anos mais novo que eu, com um cabelo caprichosamente desarrumado e discurso encantador. Dizia coisas como “dois anos de experiência em EAD” e minha equipe.
…
O mercado espalha a notícia de que faltam profissionais desta e aquela área enquanto se percebe uma massa de desempregados proeminente.
Em 2010 fui intimado a fazer um sistema financeiro. Na época era uma oportunidade interessante pois poderia abrir outras portas, apesar do claro descolamento com os meus objetivos com o EAD. Como meu conhecimento era todo voltado para Web, precisei achar especialização para confeccionar sistemas para desktops. Esta experiência de encontrar parceiros para o projeto assim como cursos neste segmento foram tarefas frustrantes. Percebi claramente que existe um descolamento entre o que se ensina e o que se necessita para o mercado. Sofri.
…
Recentemente estive em uma outra reunião em que esteve presente alto executivo da Wiley, uma das maiores editoras norte americanas. A reunião foi leve, embora toda em inglês. O ponto que mais me tocou foi um termo usado nesta reunião, o mesmo citado no início deste post: mercado corporativo. Foi dito e repetido o quanto o ensino no Brasil está despreparado para qualificar profissionais no mercado, o que emperra o desenvolvimento da nação.
Conceitos como universidade corporativa e universidade corporativa foram ventilados.
Em linhas gerais, Universidade Corporativa é quando a empresa procura qualificar seus colaboradores/funcionários de modo a que atendam melhor às suas necessidades. Assim, tais empresas fazem parcerias com entidades de ensino, sugerindo enfoques na grade de cursos que atendam às necessidades do mercado. Desta forma, empresa, entidade de ensino e profissionais se beneficiam.
Universidade Colaborativa é um conceito mais amplo. Empresas de mesmo segmento se unem friccionando seus conhecimentos, tentando formar conteúdo pertinente a todas elas em parceria com entidades de ensino. Um profissional formado por esta estratégia estaria capacitado para trabalhar em qualquer uma das empresas participantes deste projeto. O Senai de Resende-RJ faz este processo muito bem, provendo cursos profissionalizantes para atender a imensa gama de fábricas de veículos da região.
Para a universidade colaborativa (ou a universidade corporativa), ferramentas de ensino a distância caem como uma luva neste mundo globalizado. Profissionais de diferentes partes do mundo podem compartilhar conhecimento de empresas de qualquer lugar, estando aptos para trabalhar em qualquer lugar do globo.
Este é o futuro do EAD no Brasil.
Bom… Quanto a águia citada no início…
Devo citar fé e louvar o Cristo que me traz até aqui.
Deu um bom ensopado.
Começar com o pé direito em ensino a distância e na criação de seu curso online? Clique na imagem abaixo usando o cupom promocional BLOGEAD quando perguntado e receba 5% de bônus em qualquer plano! Aguardamos você 🙂
Já acompanhei uma trabalho sobre a universidade colaborativa e sei que se trata de uma excelente oportunidade de empresas e empregados (colaboradores) conquistarem juntos diversas competências e habilidades. Não se trata apenas de servir apenas aos objetivos da empresa, mas sim criar vários objetivos pessoais como profissional e saber administra´-los com eficiência e acima de tudo buscar seu valor no mercado, mostrando o que sabe fazer por si, pela empresa e pelos outros. Muito interessante seu texto.