Profissionais e Profissionalismo X carência do mercado (parte 02)

Profissionais e Profissionalismo X carência do mercado (parte 02). O que falta no mercado. Há profissionais. Falta caráter. Só querem dinheiro. A curva de aprendizagem precisa de tempo. O mercado não dá tempo e só ganha os desinteressados. Os profissionais hoje não tem profissionalismo. Infelizmente.

Recentemente procurei estagiário para trabalhar na minha empresa.

A minha mente voltou vinte anos atrás quando tentei estagiar na Mesbla. Durante o processo seletivo, após por várias entrevistas, cheguei no departamento técnico. Eu estudava numa universidade federal, mas sabia do descolamento entre o que se ensinava na faculdade e o que o mercado pedia.  Quem tinha condição financeira, naquela época, fazia um curso no IBPI, referência em cursos para o mercado; quem tinha um bom padrinho fazia estágio profissionalizante no Senai.

Eu tinha plena convicção do me potencial, mas dinheiro e padrinho eram coisas que me faltavam. Não consegui estágio na Mesbla.

Dias atrás, procurando por profissionais para trabalhar comigo, telefonei para um conhecido (ele chegou até a me dar aula vários anos atrás). Visivelmente desinteressado, ele me disse que o mercado estava aquecido, o que aumenta o salário dos profissionais de T.I.

O candidato a estagiário que conversou comigo semana passada me contou o que ele estava aprendendo na faculdade. Ele me contou coisas como Pascal e Java.  Pascal é uma linguagem bem ultrapassada e até eu vi isso quando fiz faculdade, 20 anos atrás. Ela é usada para fins didáticos. Java, outra das linguagens que ele viu na universidade, é a própria atualidade.  Entendi perfeitamente (sem ele me dizer) que o assunto foi abordado na profundidade de um pires.

Continuando a caminhar pelo tempo, recordei que entre 2007 e 2008 resolvi migrar para Web,  o que forçou atualização profunda na minha base de conhecimento.  Estudei sozinho pilhas e pilhas de livros; muitos sobre assuntos que não gosto (como Photoshop).  Muito material só existia na internet através de sites como w3school. Não suporto estudar pela Web (prefiro livros), assim como tenho intolerância a criar layouts. Tive que vencer tudo isso.

Ainda exercitando a memória, no ano de 2006 fiz de um parente um estagiário, tentando ensinar uma profissão.  Abri uma porta larga e escancarada.  A curva de aprendizagem de qualquer profissional começa a se desenvolver com (no mínimo) um ano de trabalho. É preciso se sujeitar a muita coisa por certo tempo até que você comece a andar sozinho.   O fato é que o estagiário se sentiu incomodado com o trabalho e pediu demissão. O ex-parente tentou alterar minhas senhas, tombando meu servidor e programas durante vários dias.

Raciocino com tristeza e alegria para o garoto que eu era 20 anos atrás, cheio de ideias e determinação (e nenhuma porta aberta).  O que seria de mim hoje se eu tivesse tido mais oportunidade naquela época? Talvez eu fosse hoje um profissional tecnicamente até melhor… Mas e o meu caráter e o meu profissionalismo?

Tenho muito a agradecer a Deus.

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