Há alguns anos atrás eu morava na Barra da Tijuca e trabalhava em Niterói. Independente de chover ou fazer Sol, o trânsito era intenso praticamente em qualquer horário. Sessenta quilômetros e quase duas horas depois de sair de casa, o cansaço já havia me tomado ou a irritação. Na hora de voltar para casa havia uma incógnita sobre qual caminho seguir, pois tentava aproveitar a paisagem já que o trânsito era uma certeza. Assim, vez por outra, resolvia voltar pela orla da praia. Eram tempos de guerras na Rocinha e, quando as coisas pioravam, fileiras de carro se formavam: o trânsito era impedido. Por mais de uma vez via vários carros fazendo meia volta. Era uma cena comum no Rio de Janeiro. Hoje não, graças a Deus.
Certa vez tentei calcular quanto tempo perdia no trânsito e cheguei a conclusão que eram quase quatro horas no carro ou no ônibus. Fazer um curso de especialização era desafio extra. A solução encontrada foi ensino in company. Cheguei a contratar um professor que ia na empresa, cujo objetivo era melhorar a qualificação técnica da equipe. Para baratear os custos o professor cobrava menos por hora de trabalho, desde que aumentasse o número de alunos. Matemática simples e parecia uma boa idéia.
A primeira coisa que notei com esta estratégia foi a óbvia diferença técnica entre os membros da equipe. Graças a isso, o professor não poderia ministrar o curso para todos ao mesmo tempo o que prejudicou a minha estratégia. Eu também tive aulas e pude perceber que o cansaço era uma barreira para todo mundo. Descobri que precisava estudar sozinho e chamar o profissional quando tivesse minhas próprias dúvidas e assim render mais. Entendi que perseverança e estudo por conta própria era desafio. Poucos se interessavam.
Quando comecei com ensino a distância, ainda que cheio de desconfiança, pude constatar que o valor de um curso online era ligeiramente inferior ao de um presencial. Isto não foi um fator para eu migrar para EAD, muito pelo contrário. Acreditei que isso era fator para determinar a qualidade inferior da modalidade. Quando tive meu primeiro contato com uma equipe de EAD aprendi coisas. Eles me diziam que por vezes certos alunos nunca entravam na plataforma EAD e só apareciam para tentar pegar o diploma e ficavam inconformados quando não conseguiam. Isto corroborou minha tese de que nesta modalidade ninguém queria nada.
O tempo foi passando e fui aprendendo mais e mais sobre o assunto, embora impregnado por minhas próprias opiniões. Com o tempo entendi que também é responsabilidade da equipe de EAD o comprometimento do aluno ao aprendizado. Entendi que é um absurdo não motivar o estudo, uma vez que o sistema tem meios para determinar a frequência de cada usuário.
Então certo dia me lembrei de um episódio que aconteceu comigo em um curso presencial. Era uma turma de 30 alunos e certo assunto veio à baila. O tema não me interessou mas um colega de classe me disse:
“E daí se você não vai usar? Bota no curriculum! É isso que eles querem”.
Foi quando eu concluí que este pensamento independe do método de ensino: presencial, online, pós graduação…
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