O que é melhor para um CURSO ONLINE? Vídeos ou Apostilas?
O momento de produzir um curso online e escolher o objeto educacional (vídeos, apostilas, animações, etc) deve vir precedido da delimitação do Público Alvo e os seus objetivos com o seu curso. Ora, se sou um Legislador não devo usar vídeos. Preciso de algo escrito para nortear a sociedade. No entanto, se vou ensinar crianças que não aprenderam a ler de que me adiantam as apostilas? Preciso usar vídeos, cores fortes e linguagem de fácil assimilação.
“…Sou como uma criança recém-amamentada por sua mãe; ” Salmo 131:2
De fato o Brasil é um dos maiores consumidores de vídeos do mundo. Isto não é à toa. Os anseios e distrações mudaram a humanidade. O déficit de atenção para a mesma tarefa está cada vez maior. Inicialmente tínhamos o conceito de que o ser humano poderia conseguir se ater à mesma tarefa por 50 minutos ininterruptos. É por isso que consultas psiquiátricas, as aulas no colégio duram este tempo. Hoje este conceito mudou para fugazes 7 segundos e esta é razão das propagandas do Youtube durarem isto. Então vídeos são como mastigar alimento sólido em pequenos pedaços para facilitar a degustação. Encurtam o tempo de aprendizado.
Um material escrito até pode conter uma linguagem fácil de entender mas o seu objetivo é levar o conhecimento a um outro nível. O mesmo escrito pode conter várias interpretações. Reler o mesmo assunto é como passear por diferentes significados lendo a mesma coisa. Andar pela mesma estrada e chegar a destinos opostos quando o objetivo é poesia. Já nas Leis que regem uma comunidade o conteúdo escrito visa ser inequívoco. Entende-se bem quando um Juiz prolata uma sentença e escreve: cumpra-se em 48h.
Entendemos assim que as apostilas exigem tempo para ser degustado por quem lê. Talvez menos tempo e esforço para quem produz. Quem precisa encarar uma câmera para escrever um bom conteúdo? Só que escrever bem exige muita leitura prévia de quem produz. Este CONHECIMENTO precisa ser prévio, trabalho de anos de labuta gostosa sobre livros ou saudável discussão com quem tem valor.
Vídeos são novidades nascidas da internet primordialmente embora o DVD/CD-ROM já existisse. Foi a internet que viralizou o vídeo como conceito de aprendizado e não o contrário. A internet produziu o Youtube e o Youtube nos ensinou a nos acostumar com aquele estranho movimento estroboscópico dos personagens cortados cena a cena. Tudo para encurtar cada vez mais o tamanho do vídeo, nos obrigando a transmitir cada vez mais em menos tempo. É como se aceitássemos a derrota para a ansiedade nos rendendo a ela. E este novo ser, bem conhecido de todos nós: a Sra. ansiedade fez novas exigências. Ela determina que vídeos não devem extrapolar 7 minutos e que a partir do terceiro minuto deste mesmo vídeo há uma queda acentuada na capacidade de atenção de quem assiste. A Sra. ansiedade já determinou que vídeos precisam estar no formato MP4. Ela também inventou tecnologias de transmissão destes vídeos chamadas multi-rate adaptativo. É apenas uma tecnologia para entregar o vídeo em qualidades diferentes dependendo da internet do usuário que o consome. Em outras palavras quem tem baixa qualidade de internet recebe um vídeo de qualidade interior e vice-versa.
Embora seja perfeitamente normal conseguir certa profundidade em um vídeo, este não é o objetivo deste último. Em uma apostila é possível conseguir ir mais longe em um entendimento. Se um vídeo prima por facilitar uma compreensão nunca é possível se afogar no raso. A leitura te permite mergulhar e se perder e por vezes ir além do próprio autor.
Então fujamos do seu público alvo e avancemos por seus objetivos. Vídeos tem um trunfo: podem ensinar (embora limitados pela profundidade de um pires de 7 minutos) e vender. Sim, eles podem ser usados para resumir uma atividade ou vender um produto. É por isso que com tanto sucesso são usados por peças publicitárias. Nos anos 2.000 havia o famoso Nokia. Aquele tijolo não permitia ninguém gravar. Hoje, no entanto, qualquer celular com metade do tamanho daquele fóssil grava uma aula de 20 minutos com extrema facilidade. Encarar uma câmera se tornou fácil. Qualquer um produz um vídeo (o que é uma pena em certos casos). Então vídeos servem para vender um produto e até ensinar. E o que dizer das apostilas?
Apostilas, livros e conteúdo escrito ensinam em oceanos de profundidade. É impossível aprender sem um material didático extenso e se possível de autores diferentes. Lembro que o mesmo escrito pode levar a diferentes caminhos. Imagine escritos de autores diferentes? Inúmeros caminhos até que a própria consciência determine qual é o correto a seguir e a guiar outros.
Qual é o melhor: vídeo ou apostila?
É chegada a hora de rever certo Salmo:
“…Sou como uma criança recém-amamentada por sua mãe; a minha alma é como essa criança.” Salmo 131:2
Sejamos como crianças recém saciadas quando assistimos vídeos e crianças em busca de amadurecimento quando lemos um ótimo escrito.
Alessandro Marlos é engenheiro de ensino a distância., produtor de conteúdo para EAD e produtor de cursos online na GlobalEAD.
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Sem dúvida que criar uma apostila é mais fácil que um vídeo. Contudo, as pessoas tem mais facilidade em entender o conteúdo com um vídeo. Prefira usar a apostila para algo mais denso e o vídeo para explicar as coisas mais importantes!